O Prêmio Nobel da Paz de 2021, anunciado na última sexta-feira
(08/10), foi entregue para dois jornalistas. Maria Ressa, das Filipinas, e
Dmitry Muratov, da Rússia, foram condecorados por "seus esforços para
salvaguardar a liberdade de expressão, que é uma pré-condição para a democracia
e a paz duradoura", de acordo com o comitê norueguês que organiza a
premiação.
Para Elizabeth Saad, professora do Departamento de Jornalismo
da Escola de Comunicação e Artes da Universidade de São Paulo (ECA-USP),
"trata-se de uma conquista a ser celebrada por jornalistas de todo o
mundo, como relevante forma de reconhecimento da importância do trabalho desse
profissional, de modo que a premiação tem um significado muito especial pelo
momento que o jornalismo está passando em todo mundo, especialmente no
Brasil".
"A premiação, assim, vem para reforçar o esforço de uma
categoria profissional por um jornalismo legítimo, investigativo, de denúncia e
permanente busca de verdade, bem como de combate à desinformação. O Nobel para
esses dois jornalistas veio em ótima hora, reforçando o papel do jornalismo nesse
momento de mundo polarizado, de radicalizações e perigosa disseminação da
desinformação", conclui Elizabeth.