O SescTV apresenta a banda Ozu em documentário inédito da
série Passagem de Som e em show da série Instrumental Sesc Brasil. No primeiro,
os artistas relembram o surgimento da banda, falam sobre suas influências
musicais e visitam uma casa em Cotia, no interior de São Paulo, lugar onde
ensaiavam e gravaram suas primeiras canções. O segundo programa apresenta o
show da banda paulista, gravado no Teatro Anchieta, no Sesc Consolação, em
2018. As produções têm direção geral de Max Alvim e estreiam no SescTV neste
domingo (09/02), a partir das 21h.
No Passagem de Som, Francisco Cabral, o tecladista da banda,
comenta que morou no interior do Amazonas por um ano e meio e quando retornou à
Cotia, começou a formação da Ozu em uma casa onde ensaiavam e gravavam as
canções. “A banda surgiu porque eu descobri softwares de música digital,
comecei a produzir beats e fiquei muito empolgado quando descobri os samplers”,
diz. Francisco explica que a partir desse momento, sentiu a necessidade de
buscar pessoas para tocar.
A vocalista e guitarrista Juliana Valle recebeu o convite
para cantar na Ozu ao participar de uma das filmagens da banda, feitas na
cidade de Cotia (SP). “Eu tinha acabado de começar a estudar música, foi uma
surpresa”, afirma a vocalista. O baixista João Amaral confessa que entrou para
a banda sem saber ao certo qual era o tipo de som que faziam. “O que me chamou
a atenção foi a simplicidade técnica da execução e a potência expressiva que
tem o trip hop”, explica o músico.
“Se você gosta de lo-fi, de música dos anos 90 e de uma aura
mais soturna, vai curtir o som da banda”, comenta Eduardo Santana, produtor
musical da Ozu. Durante o Passagem de Som, o tecladista Francisco também
pondera que o grupo evita muitas alegorias, volumes e solos evidentes.
O programa mostra ainda uma visita do grupo ao bairro da Liberdade.
Em conversas durante a visita, a banda diz que o nome Ozu foi uma escolha
coletiva, por gostarem da estética dos filmes de Yasujiro Ozu (1903-1963), um
dos principais diretores de toda a história do cinema e um dos grandes
diretores japoneses, que mais se identificou com o modo de vida do Japão do
século XX. Os integrantes da banda associaram Ozu a algo estético, curto e
gráfico.
Ao finalizar o Passagem de Som, tem início a apresentação da
série Instrumental Sesc Brasil, exibida na sequência. No repertório,
composições como Meia água; João Pepino; Tucunaré; Gaze; Reversa; Wet Asphaut;
Voadeira; Yet to come; Back Home; Improviso (Ozu) e Password, todas de autoria
de Francisco Cabral.
Músicos: Sue-Élie Andrade-Dé (guitarra), Felipe Pagliato
(bateria), João Amaral (baixo elétrico), DJ Rta (toca discos), Juliana Vale
(guitarras e sampler) e Francisco Cabral (teclado).