O “Sem Censura” analisa a indústria da moda nos territórios
periféricos do Rio de Janeiro nesta sexta-feira (17/01), ao vivo, às 18h, na TV
Brasil. Para debater o tema, o programa recebe o documentarista Emílio
Domingos, diretor do premiado longa "Favela é moda", a modelo Raquel
Félix e o criador da agência Jacaré Moda, Julio Cesar Lima.
Na conversa para os apresentadores Vera Barroso e Bruno
Barros, os convidados falam sobre o advento das grifes de modelos nas favelas e
morros do Rio. Elas buscam a representação de jovens negros na indústria
têxtil.
De acordo com os entrevistados, a proposta dessas agências é
enfrentar o padrão estético estabelecido pela mídia e pela moda; nichos
majoritariamente ocupados por modelos brancos, altos e magros.
O diretor Emílio Domingos comenta suas produções para o
cinema que formam a trilogia do corpo encerrada com o documentário "Favela
é moda" (2019) que mostra como esse universo penetra nas áreas mais
carentes da Cidade Maravilhosa.
Reconhecido com o prêmio de Melhor Longa Documentário eleito
pelo voto popular no Festival do Rio, há um mês, o filme destaca as expressões
corporais de jovens periféricos que se entrelaçam a temas como sociabilidade e
pertencimento. A produção será apresentada em outros festivais e estreia no
canal Curta! ainda neste ano.
Para discutir essa questão da indústria da moda nas favelas,
a modelo Raquel Félix, que integra a agência Jacaré Moda, discute o mercado de
trabalho e a contribuição dessas iniciativas na vida dos novos talentos desse
segmento.
O programa também conta com a participação de Julio Cesar
Lima, criador da Jacaré Moda, agência de modelos da favela do Jacarezinho. Ele
explica que a ideia é valorizar o negro da periferia. Julio recorda diversos
profissionais que passaram pela grife e conta como busca incentivar os jovens
que sonham em viver da moda.