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Divulgação - SescTV
 
MANCHETES

» 08/10/2019 - 21:57
James Blood Ulmer e Vernon Reid apresentam show inédito no SescTV

Com mescla de soul, blues e jazz, o show dos guitarristas James Blood Ulmer & Vernon Reid, realizado no Sesc Pompeia durante o Festival Sesc Jazz de 2018, será exibido pelo SescTV nesta quarta-feira (09/10), às 22h. O espetáculo é pontuado por entrevistas dos artistas, que falam sobre a importância de expressar os sentimentos por meio da música; sobre a carreira de Ulmer e a amizade dos dois.

Ulmer conta que foi proibido pelos seus pais de tocar blues e, portanto, desde o início da sua carreira ele evitou o gênero até meados de 2001. Quando saiu do Estado da Carolina do Sul, Ulmer não queria que ninguém soubesse seu nome verdadeiro. Então, aos 18 anos, adotou o pseudônimo de Young Blood. Conforme foi envelhecendo, as pessoas começaram a chamá-lo apenas de Blood.

Depois de ter lançado discos com a Columbia Record e a Blue Note Records, e ter o compositor e saxofonista Ornette Coleman (1930-2015) como seu produtor, o guitarrista foi convencido por Venon Reid a realizar um disco de blues na Sun Studio. “Ele montou a banda, que é a mesma com a qual toco até hoje, escolheu a gravadora e as músicas que queria que eu cantasse. Eu o deixei fazer isso. Ele é a primeira e única pessoa que já me produziu como artista. Foi assim que nasceu a Memphis Blood Blues Band”, explica Ulmer.

Já pela perspectiva de Vernon Reid, criador da banda Living Colour, quando ouviu Blood cantar, ficou impressionado e pensou que ele era “um cara do blues”. Nomes como Buddy Guy, John Lee Hooker e Howlin Wolf passaram pela cabeça de Reid ao ouvir o amigo e logo ele associou seu estilo a essas grandes referências do blues.

Reid ainda explica que os gêneros blues, gospel e jazz não são a mesma coisa. Enquanto o primeiro está preocupado com a realidade mundana, a condição humana e todas as suas luxúrias, o segundo aborda o transcender as coisas deste mundo; é sobre uma realidade para as pessoas que creem na ideia de um deus monoteísta e que há o céu e o inferno. “As pessoas consideram o blues a música do diabo por falar sobre o cotidiano e sobre como as pessoas são, já o gospel é sobre como elas deveriam ser e como querem ser. Então, a família de Blood aceitava melhor que ele tocasse jazz, por ter uma certa visão do estilo ser mais respeitável”, diz o guitarrista em relação a intolerância da família de Ulmer ao blues.

Ao lado de James Blood Ulmer (voz e guitarra) e Vernon Reid (guitarra), sobem ao palco os músicos Charles Burnham (violino), Leon Gruenbaum (teclado), David Barnes (gaita), Mark Peterson (baixo) e Aubrey Dayle (bateria).

Repertório: Spoonful (Willie Dixon); I Want To Be Loved (Willie Dixon); There Is Power In The Blues (James Blood Ulmer); Evil (Willie Dixon).

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