O vilarejo paraense de Alter do Chão é o destino do programa “Caminhos
da Reportagem” desta terça-feira (08/10), às 21h30, na TV Brasil. Conhecido
como o ‘Caribe Amozônico’ e banhado pelas águas cristalinas do rio Tapajós, o
local ganhou fama pelos seus atrativos e riquezas naturais.
Para chegar lá, é preciso percorrer 38 km pela estrada que
liga Santarém ao vilarejo, no oeste do Pará. A comunidade tem hoje pouco mais
de seis mil habitantes.
A produção jornalística esteve em Alter do Chão em julho,
quando as águas do Tapajós ainda estavam altas e diversas praias, submersas. A
paisagem se transforma durante o ano, já que, na região, há o período chuvoso e
o período de estiagem.
Quando as praias ainda estão submersas, o passeio pela
Floresta Encantada - formada por um igapó, área inundada pelas chuvas típicas
da Amazônia - atrai turistas e moradores. A equipe de reportagem fez o passeio
guiada pelo seu Itaguari.
A produção também esteve na Serra da Piraoca, ou Serra do
Cruzeiro, um dos pontos mais altos de Alter do Chão. O trajeto foi acompanhado
dos jornalistas Fábio Barbosa e Reginaldo Balieiro, criadores do projeto
Caminhos da Floresta.
Caminhar pela Floresta Nacional do Tapajós, a Flona, é outro
atrativo turístico da região. A equipe percorreu cerca de 7 km até chegar à
samaúma gigante, conhecida como a mãe da Amazônia, a Vovózona, árvore com mais
de 1100 anos. Quem acompanhou este passeio foi o guia Raimundo Vasconcelos, que
vive na comunidade. Na unidade de conservação residem 1050 famílias, totalizando
cerca de quatro mil moradores.
Ronete Costa, que tem uma pousada em Alter do Chão, também
foi entrevistada. Ela voltou à Santarém, sua cidade natal, depois de 12 anos
vivendo em Altamira. Ronete acredita que os moradores do Tapajós são um povo
muito acolhedor, e defende que o próprio paraense precisa descobrir mais as
belezas do vilarejo. “Você vê o pessoal de fora, o estrangeiro como a gente
fala aqui, ele defende muito mais a Amazônia do que nós mesmos. Então a gente
precisa conhecer mais para poder defender”, afirma.
A produção também esteve no restaurante de Saulo Jennings,
que trabalha com produtos típicos do Pará e é considerado o melhor chef da
região norte do País. Ele explica que busca valorizar não apenas a comida
paraense, mas também a história e a cultura local. “Toda vez que eu abro a
minha janela e olho para o Tapajós, me dá força, me recarrega as baterias para
continuar o meu trabalho, para continuar levando o nome de toda minha região
para o Brasil conhecer”, conclui.