A sétima edição inédita da temporada do “Programa Especial”
aborda a microcefalia às 12h30 neste sábado (05/10) na TV Brasil. Para explicar
essa condição neurológica, a equipe da atração visita o Instituto Fernandes
Figueira, uma das unidades da Fiocruz no Rio de Janeiro. A produção consulta
especialistas e mães de crianças que enfrentam esse desafio.
O pediatra Marcos Pone, a assistente social Alessandra Gomes
e Vanessa Godoy, mãe do jovem Dimitri que tem microcefalia, falam sobre o
assunto. Elas trazem orientações e dicas para a família.
A produção também entrevista Viviane Lima, criadora do grupo
de apoio "Mães de Anjos Unidas", e Júlia Lopes uma das pioneiras do
espaço criado em dezembro de 2015 com a intenção de prestar ajuda a mães de
crianças com microcefalia.
O médico Marcos Pone destaca a importância dos estímulos e
das terapias para crianças que têm microcefalia. "Elas precisam de
fisioterapia motora, de fonoaudiologia e de acompanhamento. São terapias que
podem fazer com que essa criança desenvolva plenamente a sua capacidade",
afirma.
De acordo com o pediatra, esse trabalho precisa ser realizado
em parceria com a família. "A gente precisa desenvolver estímulos. A
partir dessas terapias, muitas vezes é necessário fazer um trabalho conjunto
com a família para estimular essas crianças em casa", completa Marcos.
Natural de Manaus, Viviane Lima é mãe de Ana Vitctoria, de 20
anos, Maria Luiza, de 17 anos, e Julia Fernanda, de 14 anos. Ana Victoria e
Maria Luiza têm microcefalia enquanto Julia Fernanda não apresenta a condição.
Viviane conta como é a convivência das filhas.
"A presença da Julia fez com que as meninas se
desenvolvessem. Comecei a trabalhar de fato a inclusão dentro de casa. A
evolução delas foi muito grande. Também tem a contrapartida para a Julia, o
aprendizado e o amadurecimento dela é muito grande por conta da convivência que
ela tem com as irmãs", revela.
Júlia Lopes, que mora no interior do Estado do Rio, cita a
experiência com a filha Yasmim. Ela comenta o apoio que recebeu do grupo
"Mães de Anjos Unidas" em que se trocam experiências a respeito dos
cuidados e criação de crianças com microcefalia.
"As mães trocam relatos diariamente sobre o
desenvolvimento dos filhos. Hoje em dia, o grupo oferece vários tipos de ajuda.
As mães mostram os vídeos das crianças se desenvolvendo, elas trocam
experiências sobre os lugares de exame mais baratos ou mais perto. Eu acho que
o grupo melhorou a vida de muita gente, inclusive a minha", conclui.