Desde 2005, o Campeonato Brasileiro não tinha mulheres
apitando seus jogos da série A. Neste ano, Edina Alves estreou como árbitra na
partida entre CSA e Goiás, que terminou com a vitória do time alagoense por 1 a
0. Até então, a última escolhida para essa missão havia sido a profissional
Silvia Regina de Oliveira, que comandou o confronto entre Fortaleza e Paysandu
pelo segundo turno da competição daquele ano. O ‘Esporte Espetacular’ deste
domingo (22/09) vai exibir uma reportagem especial sobre a história de vida da
juíza de futebol Edina Alves.
Em Goioerê, cidade do interior do Paraná onde nasceu e foi
criada, ela sabia que as opções profissionais mais viáveis eram no comércio ou
na agricultura da região. Com sonhos maiores, a paranaense juntou dinheiro com
muito trabalho e conseguiu entrar para o curso de arbitragem da federação do Estado.
Das quatro alunas inscritas, três eram candidatas à
assistente. Só Edina queria ser árbitra. Emocionada, declara ao repórter Fábio
Juppa: “Sempre falei que apitaria na série A, mas as pessoas não acreditavam.
Diziam que, por eu ser mulher e de uma cidade pequena, as coisas seriam mais
difíceis”. Esse ano, ela e as assistentes Neuza Back e Tatiane Sacilotti
chegaram ao auge da carreira e, juntas, formaram o primeiro trio de mulheres a
representar a arbitragem brasileira em uma Copa do Mundo de futebol feminino.
Já o repórter Clayton Conservani tem experiência na cobertura
do Rally do Sertões, considerado o maior da categoria da América, mas, este
ano, topou um novo desafio pela primeira vez na vida: aceitou disputar a prova
como piloto de corrida off-road. O “Esporte Espetacular” vai mostrar o primeiro
de dois episódios especiais sobre a experiência do jornalista durante os 4.800
km da competição, que vai de Campo Grande, no Mato Grosso do Sul, a Aquiraz, no
Ceará.
O índice de violência contra as mulheres aumenta diariamente
em todo o território brasileiro. Em 2018, entre os Estados, Roraima é o que
mais se destaca negativamente e apresenta a maior taxa de mulheres assassinadas:
28 vítimas no total. O programa esportivo da TV Globo foi até a região para ver
de perto como o futebol feminino se desenvolve paralelamente ao alto índice de
violência contra mulheres. O repórter Fred Justo entrevistou vítimas de
agressão, meninas que sofreram discriminação quando quiseram se tornar
jogadoras e relatos de pais que, por preconceito, destruíram a vida de seus
filhos quando crianças.