Em uma edição recente do “The Noite”, Danilo Gentili
entrevistou Léo Áquilla. “Léo é apelido, porque quando eu era pequeno meu
cabelo era loirinho e minha família me chamava de alemão”, revelou durante o
bate-papo.
Sobre a mudança oficial de seu nome para Leonora, comentou: “sinto
que a sociedade mudou para a melhor e estão tentando assimilar e entender. Sou
de uma geração em que só quem era operada tinha o direito de mudar o nome”. E
completou: “se tivesse operado as pessoas me considerariam mais mulher do que
eu sou”.
A respeito das primeiras aparições na televisão como drag
queen, falou de sua participação no Show de Calouros em 1992. “Silvio Santos é
ícone. Se não fosse ele talvez eu nem estaria viva como Léo Áquila artista que
sou”, ressaltou.
Questionada se sentia algum incômodo por ver outras artistas
trans sendo chamadas de precursoras em um campo anteriormente desbravado por
ela e outras artistas, respondeu: “quando vejo a Pabllo Vittar no maior sucesso
me sinto realizada. É a resposta do meu esforço também”.
Relembrando as dificuldades que enfrentou para se lançar como
artista, lembrou: “vendi meu apartamento para fazer meu primeiro show e lançar
meu primeiro CD”. Léo também falou sobre as cirurgias estéticas que já fez. “Foram
vinte”, declarou. “Eu era um patinho feio. No rosto eu fiz redução de testa,
lixei o crânio, subi sobrancelha... Hoje estou absolutamente feliz. Mais nada”,
ponderou.
Atualmente com um canal no YouTube, ela contou que já teve
problemas com um quadro em que entrevista motoristas de aplicativos. “Tive que
descer por causa de assédio. Depois fiz uma denúncia na Uber”, finalizou.