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MANCHETES

» 16/06/2019 - 23:40
Diego Hypólito fala sobre crise de ansiedade no "Sensacional"

O medalhista olímpico na ginástica artística, Diego Hypólito, foi o entrevistado de Daniela Albuquerque na edição mais recente do programa “Sensacional” na RedeTV!.

Aos 32 anos, o ginasta se emocionou ao rever cenas da conquista da medalha de prata nos Jogos Olímpicos do Rio, em 2016, depois do baixo desempenho nos torneios de Pequim (China/2008) e Londres (Inglaterra/2012). “Quando vejo essas imagens, vejo tudo o que aconteceu, todas as exposições. Tantos críticos. Muitas vezes achamos que não vamos conseguir alcançar os sonhos”, afirmou.

“O que queria passar para a nossa sociedade é que a gente parasse de tanto mimimi. Tantas situações julgando o próximo, se achando superior em posições e atitudes, sendo que, na realidade, somos grandes aprendizes da vida. Não sou o dono da verdade em nada, mas quando tudo dizia que eu não chegaria onde cheguei, veio uma força interna, algo que eu acho que vem dos brasileiros, que passam por problemas e dificuldades. Se fosse pensar em desistir, eu deveria ter desistido há muito tempo”, refletiu.

Também na conversa, Diego compartilhou lembranças do momento da apresentação que lhe garantiu um lugar no pódio da ginástica artística de solo masculino. “Quando eu entrei na Arena [Olímpica], a primeira coisa que pensei foi: O que eu estou fazendo aqui? Por que não desisti? Por que estou me expondo mais uma vez?. Minha perna estava tremendo muito. E nessa hora me coloquei no meu lugar: Diego, você treinou tanto para estar aqui, levanta a cabeça e compete. E quando levantei para competir tive a certeza de que daria certo. Por isso, falo que a minha história não seria nada se não fosse Deus. Uma pessoa que foi para os Jogos [Olímpicos], caiu; foi para o outro [torneio], caiu. Sofreu todos os preconceitos da negação para estar na outra edição. Ninguém acreditava que iria chegar. Eu tinha o apoio da torcida, que era o que me sustentava nessas horas. Não fui negado por dirigente, mas por pessoas do esporte eu não me sentia apoiado, e não era”, explicou.

Em outro momento do bate-papo, Diego fala sobre a depressão, diagnosticada em 2014, que o levou a tentar suicídio. “Não sei porque fiz isso, acho que era um período de muito desespero. Quando a gente tem uma crise de ansiedade, a gente não sabe o motivo. Eu tomei remédio durante dois anos e hoje em dia não tomo mais, estou curado”, disse. “O esporte me construiu uma fortaleza como pessoa. Se não fosse o esporte não teria me tornado forte, não teria conhecido o mundo todo, não teria tido oportunidades financeiras, e isso precisa ser para todos, não só para o Diego. Muitos talentos se perdem no meio do caminho”, defendeu.

“Eu me lembro de ir treinar sem ter o que comer, lembro do desespero da minha mãe”, contou, refletindo sobre uma época de dificuldades financeiras na família. “O Flamengo ficava meses sem pagar, a gente não tinha condição nenhuma de nada. Não pagavam o aluguel, não pagavam a minha irmã [Daniele Hypolito]. Não tínhamos dinheiro para nada”, recordou.

Diego recentemente se assumiu gay publicamente e revelou estar com o coração preenchido. “Estou namorando, mas identidade não revelada. O importante é que é alguém que me faz bem”, comentou, comemorando a relação de um ano e meio.

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