Neste sábado (18/05), às 12h30, na TV Brasil, o “Programa
Especial” conversa com três escritores brasileiros de sucesso, que contam como
começaram suas trajetórias e revelam seus projetos atuais. O programa visita
também uma ONG especializada em fabricação de próteses por impressão 3D.
Em entrevista à repórter Fernanda Honorato, o escritor Jairo
Marques dá detalhes de seu mais recente trabalho, o livro "Malacabado, a
história de um jornalista sobre rodas" (Ed. Três Estrelas).
"O título Malacabado é uma provocação, uma
brincadeira, que é como muitos pensam que as pessoas com deficiência são: Será
que ele é bem-acabado ou mal-acabado? Mas quem é o ‘bem-acabado’ no
mundo?", reflete o escritor. "Quem é a pessoa completinha, quem é a
pessoa que é o perfil do que é o perfeito? Acho que essa pessoa não existe",
diz.
Complemento do trabalho de Marques em outras mídias (jornal
impresso e internet), o livro é uma coleção de histórias e de passagens em que
o autor analisa como o outro olha a pessoa com deficiência, seja na escola,
seja em um namoro, no trabalho, nas relações do dia a dia.
O programa de sábado ainda traz uma matéria especial com a
escritora Maria Cristina de Orleans e Bragança, com síndrome de Down, que
atualmente prepara seu terceiro livro, uma fotonovela inspirada em família e
amigos. A autora já publicou "Carta de Amor" (Ed. Leitura Dinâmica,
2006) e "Siwa e meus companheiros do passado e presente" (Ed. Nova
Fronteira, 2017).
Em seguida, o premiado autor Cristiano Camargo conta sua
trajetória como escritor, iniciada aos 12, depois de ele ganhar um livro ao
visitar um museu. Diagnosticado com Síndrome de Asperger, Camargo tem mais de
uma centena de livros já escritos, 10 publicados e conquistou três prêmios
literários ao longo de 42 anos de carreira.
O quadro Dica mostra o trabalho da ONG Imprimindo Vida, que
fabrica próteses para crianças com má formação congênita. Os profissionais da
ONG explicam o processo de fabricação, que usa a tecnologia de impressão 3D.
"Essa
prótese 3D tem sido muito bem aceita pelas crianças, principalmente, por ser
muito lúdica. Vai muito para o lado da brincadeira, da questão do super-herói,
de ter um poder", destaca o ortesista e protesista José Maria de Rezende,
que colabora com a ONG. "E a gente acredita muito que sendo essa questão
da impressão 3D de não ser aquela prótese pesada, aquela prótese que tinha uma
questão de um membro praticamente morto, sem movimento. Então essa prótese veio
agregar essa questão da criança se interessar e achar bem legal, ela acha divertido.
E ela quer mostrar isso para as pessoas, ao invés de esconder”, frisa.