O SescTV presta homenagem ao escritor João Carlos Marinho,
que morreu no último domingo (17/03), aos 83 anos, ao exibir entrevista com ele
para o episódio Literatura Infantil Não Tão Infantil Assim, da série Super
Libris, dirigida escritor, cineasta e jornalista José Roberto Torero.
Considerado uma referência na renovação da literatura infantojuvenil
brasileira, que começou nos anos 70, o autor do livro O Gênio do Crime (1969)
fala sobre as particularidades desse tipo de literatura e das dificuldades em
defini-la como um único conceito. A produção será exibida nesta terça-feira
(19/03), às 17 horas; quarta-feira (20/03), às 13h30; quinta-feira (21/03), às
10h30; sexta-feira (22/03), às 20h30; e sábado (23/03), às 19h.
Marinho diz que a literatura infantil é aquela que atende ao
público desde a infância até os 12 anos, e é despida de experiências da vida
relacionadas à fase adulta, como o trabalho, as decepções e o amor. Ele destaca
a literatura juvenil, e revela que, quando ele era adolescente, os jovens de
sua idade liam autores mais fáceis para adultos, como Júlio Verne (1828 – 1905)
e Edgar Rice Burroughs (1875 – 1950).
Ele lembra que, naquela época, lia histórias em quadrinhos e isso não o
impediu de se interessar por outros tipos de leituras. “Eu adorava Monteiro
Lobato e fazia dele a principal leitura de minha infância”, diz.
Marinho recorda a proibição, nas escolas públicas na época do
Regime MIlitar, de dois de seus livros: O Gênio do Crime (1969) e O Meu Caneco
de Prata (1971); fala sobre as encomendas das editoras, atualmente, por temas,
principalmente quando o assunto está em evidência, e sobre a função da
ilustração em suas obras. A
experimentação na literatura também é discutida por ele.
Marinho participa ainda dos quadros Pé de Página, no qual
responde sobre onde, como e porque escreve, e do Primeira Impressão, em que
sugere o livro As Caçadas de Pedrinho, de Monteiro Lobato.