Em entrevista a apresentadora Daniela Albuquerque, a ex-atriz
Nani Venâncio, musa nos anos de 1990, afirmou que a personagem que interpretou
na novela Mandacaru (1997) morreu na trama porque ela se negou a fazer cena de
sexo. "É, é por isso que eu deixei de atuar [...] O Ibope estava fraco, e
quando chegou o diretor - ele já é falecido - veio com o script do dia seguinte
para gravar, tinha cena de sexo com dois cangaceiros", relembrou, explicando
os motivos de sua resistência.
“Eu falei: gente, não tem nada a ver com o personagem, ontem
eu tinha gravado cenas quebrando a cara de uma cangaceira por mencionar que ela
tinha olhado para um cangaceiro. Não condiz com o personagem, se você combinou comigo,
Nani, você vai fazer isso, tudo bem, mas assim, não tinha nada a ver, era
forçação de barra para Ibope”, argumentou.
Capa de uma revista masculina em 1989, Nani disse ter posado
para a publicação pelo cachê. “Ninguém fazia uma Playboy naquela época por
fazer, por fotografar nu, até porque são muitos anos atrás. Eu fiz no momento
em que o país entrou em crise mais uma vez, meu pai perdeu toda a grana que
tinha e eu fiz por dinheiro. Peguei o dinheiro e comprei a casa que era do meu
pai. Voltei ao banco, arrematei a casa dele porque tinha ido para leilão”,
revelou.
A participação na abertura da novela Pantanal (1990) também
foi relembrada no “Sensacional”. O trabalho trouxe consequências para o
casamento, já que ela não imaginava que apareceria nua. “Eu fiquei passada, ele
mais passado. Olhei aquela situação, todo mundo na sala, sabe aquela situação
que você já sabe assim, ferrou? Aquela situação assim a casa caiu”, reviveu.
“Aí acabou [a abertura], ele falou: como que você me faz
isso? Todos os meus amigos, você falou que não tinha nada. Eu falei: ai, eu
não sabia! Eles falaram que era a lateral do corpo. Hoje daria uma bela de uma
indenização, mas na época deixou por aquilo mesmo”, ponderou.
Ao comentar uma declaração anterior de que havia recebido um
anel de brilhantes de Gugu Liberato, Nani reafirmou que teria aceito casar-se
com o apresentador caso ele tivesse feito o pedido. "O Gugu me deu uma
aliança de fato, nós fomos padrinhos na época da Ingra Lyberato com o Jayme
Monjardim no casamento deles. Estávamos em Salvador, e ele pegou uma taça de
champanhe no avião, vendou meus olhos e me deu a aliança de esmeraldas no
avião, no ar. Não pediu em casamento, me deu a aliança. Eu só me casaria com
uma pessoa que eu admirasse, um amigo, então não vejo o menor problema, teria
me casado com ele sim. Acho ele o máximo”,
disse.
Mãe de duas meninas, Manasha e Moira, Nani também enfrentou
momentos difíceis após o último parto. “Foram 14 tentativas para engravidar, é
muita vontade de ter um segundo filho, muito sofrimento. Só que 12 dias depois
que ela nasceu, na hora que eu estava amamentando, tive dois AVCs e uma
trombose cerebral hemorrágica, quase morri”, desabafou ela, detalhando ainda
sua experiência de quase morte durante o coma.
“Eu consegui trazer algumas lembranças do lado de lá. Eu
tinha a sensação de que estava em uma cama, não sabia onde estava, você não tem
noção do que você é, nem de que você é gente, nada. E tinha uma luz do lado
direito que circulava, eu sabia que era uma energia, e uma voz que falava a
cada 15 segundos: olhe aqui, olhando aqui você não vai sentir dor. Aí quando
dava os 15 segundos, era o tempo, acho que estava amolecendo, quase
desencarnando, a voz falava novamente. Essa voz ficou constante, não me deixou
dormir. O dormir seria a passagem”, concluiu.
A entrevistada ainda destaca sua família e fé como pilares
fundamentais para sua cura e ponderou: “Quando eu melhorei eu percebi que é
mais fácil você desencarnar, porque a sensação que você tem quando está quase
morrendo é de que tem 200 pessoas do lado de lá falando venha, e do lado de
cá, para você ficar, umas quatro ou cinco. Você tem que querer muito ficar, lutar
muito para continuar”.