Mariana Godoy recebeu em seu programa da RedeTV! da última sexta-feira
(09/11) a jornalista Barbara Gancia.
A ex-colunista da Folha de SP e ex-apresentadora do Saia
Justa, no GNT, falou de seu livro recém-lançado, no qual ela conta sobre o
processo de sua vida para largar o alcoolismo, chamado “A Saideira: Uma dose de
esperança depois de anos lutando contra a dependência".
“Nunca tinha escrito nenhum livro, todo mundo me cobrava e
essa é a história que eu tenho, né”, afirmou Barbara, que também explicou
porque demorou para começar a escrevê-lo. “Eu não queria escrever logo depois
que eu parei de beber porque eu achava que não ia dar sorte, que eu pudesse
recair e agora já estou sóbria há 11 anos, então achei que era uma boa medida”,
revelou.
Para ela, o alcoolismo pode ser considerado uma doença e não
deve ser tratado com desdém. “Eu chamo de doença. Se é ou não é, para mim não
importa muito. A única coisa que me importa é que não é mau-caratismo e nem
fraqueza. Porque se você falar que um diabético que come doce é mau-caráter, então
eu falo que o alcoólatra também é, mas não é. É uma forma de compulsão!”,
compartilhou.
Com sua primeira experiência envolvendo álcool tendo ocorrido
aos três anos de idade, Barbara alertou para a importância de evitar qualquer
droga durante a infância, a juventude e o início da fase adulta. “Quem começa
cedo vai ter problema. A gente fala 18 anos porque tem que estabelecer uma
maioridade, mas seu corpo se forma até os 25. Você cresce, se desenvolve,
adquire maturidade e sua sinapses se juntam. Antes disso, você tomar qualquer
droga que seja é criminoso porque você evidentemente vai ter problemas”,
afirmou.
Questionada sobre o momento em que percebeu que se tratava de
uma adicção, ela compartilhou: “Eu me dei conta de que eu era alcoólatra porque
toda vez que eu bebia eu dava um piti, havia algum problema sério ou eu saía
falando as coisas, porque no fundo eu sou uma pessoa tímida”.
Relembrando momentos nos quais ela se sentia envergonhada e
desesperada por conta do álcool, a jornalista revelou ainda que quando o mesmo
deixou de fazer efeito, foi em busca de uma nova droga. “Comecei a cheirar
cocaína, que de jeito nenhum é a minha droga porque eu sou a pessoa mais
ansiosa do mundo, mas comecei a cheirar”, contou ela, comemorando o sentimento
que carrega hoje em relação a bebida. “Quando eu lembro da pessoa que eu era,
[não bebo de novo] nem morta. Pode beber o que for na minha frente que eu vou
falar graças a Deus que eu não bebo!”, concluiu.