Marcelo Tas diz que o jornalismo é sua veia e seu pilar no
programa “Conversa com Roseann Kennedy” desta segunda-feira (12/11), às 21h15,
na TV Brasil. Fake news, redes sociais e hostilidade na internet pautam a
entrevista em que o convidado ainda traça um perfil da carreira.
Entre outros assuntos, o profissional reflete sobre a função
da imprensa num cenário repleto de fake news. "O jornalismo, às vezes,
produz as suas próprias pérolas falsas e muitas vezes nem reconhece que eram
erros", diz.
Apesar da perspectiva crítica, ele apresenta uma visão
otimista quanto ao futuro da comunicação. "Cada veículo hoje tem uma
chance grande de construir uma nova credibilidade principalmente reconhecendo o
erro, respondendo a erro, respondendo a questionamento de seus ouvintes,
telespectadores, leitores", revela.
Para Marcelo, é preciso reconhecer a responsabilidade de cada
um nesse cenário de informações falsas. "As pessoas tratam fake news como
se fossem os alienígenas que tivessem jogado as fake news aqui no nosso planeta
tão limpinho", ironiza.
"Nós é que produzimos fake news e nós sempre produzimos.
Então, a gente tem que baixar essa bola do preconceito para poder participar
dessa festa de oportunidades que é o mundo digital", complementa.
Com cerca de 13 milhões de seguidores no Facebook e no
Twitter, Marcelo Tas é um dos influenciadores mais premiados do País. No
decorrer do programa da TV Brasil, ele explora essa faceta contemporânea ao
destrinchar o ambiente cibernético.
Com redes sociais robustas, vê na internet um espaço de
comunicação promissor. "Rede social é que nem escova de dente, tem que ser
você que usa. Não adianta você emprestar para alguém", analisa.
Ele conta que, com tantos seguidores, precisa de auxílio para
lidar com suas redes sociais, mas não abre mão do contato direto com os
internautas. "Tenho pessoas que me auxiliam, mas quem escreve e quem
responde sou eu", garante.
Durante o papo com a apresentadora Roseann Kennedy, o
jornalista Marcelo Tas comenta sobre a lógica do meio virtual. O convidado diz
que, nesses espaços, é preciso avaliar o que está funcionando e não fugir de
assuntos relevantes, principalmente quando se tratam de críticas.
"A gente tem que praticar mais isso: transparência. Que
é você falar de assuntos que as pessoas estão querendo que você fale, mas você
não quer falar. E acho uma prática muito saudável tanto para as pessoas, quanto
para as empresas, escolas, governos, entenderem que acabou o mundo que você
falava e as pessoas ficavam caladas. É o mundo do diálogo mesmo", observa.
Sobre o clima de hostilidade na internet, Tas é enfático.
"O hater é um ser humano e muitas vezes um ser humano muito próximo. Você
tem hater dentro da família, muitas vezes. Todo mundo tem um tio, uma tia
maluca... A rede é um espelho do que é a realidade", pondera.
Para Marcelo, é preciso saber como responder ao ódio com
sabedoria e filosofa. "Uma pessoa que vai dedicar o tempo dela para te
odiar é porque você tem algo relevante que ela ou está invejando ou ela não
consegue fazer aquilo que você faz. Então, você tem que entender um pouco do
ódio para poder iniciar um diálogo. O ódio também é sinal de amor",
conclui.