Mariana Godoy recebeu em seu Mariana Godoy Entrevista da última
sexta-feira (14/09) a youtuber e dona do maior canal de vídeos sobre finanças
do mundo, Nathalia Arcuri.
Durante conversa com a apresentadora, Nathalia contou que sua
experiência com o dinheiro começou quando ela tinha apenas oito anos de idade e
afirmou que o fácil acesso ao crédito nos dias de hoje dia dificulta a prática
de economizar. “Nossa cultura, de 20 anos para cá, foi muito conduzida para o
hábito de consumir e parcelar. Então hoje é mais difícil poupar, principalmente
as novas gerações, porque muitas pessoas cresceram achando que podiam parcelar
tudo, financiar carro, casa, roupa, e esqueceram que o futuro existiria. Ou seja,
deixaram de poupar para o futuro”, disse.
Educadora e coach financeira, Nathalia usa termos divertidos
em seus vídeos e textos na internet para tentar ajudar as pessoas a terem uma
vida financeira mais consciente e independente. Sem medo de falar sobre o
assunto, ela usa a palavra dinheirofobia para explicar o receio que algumas
pessoas têm de abordar o tema.
“Tudo é dinheiro. Não adianta a gente querer empurrar esse
assunto para debaixo do tapete como se ai, falar sobre dinheiro soa mesquinho.
Ai, porque fulana só fala sobre dinheiro. Ele está na nossa vida e quando a
gente não fala sobre um assunto, a gente só repara nele quando ele se torna um
problema”, explicou ela, ressaltando a importância do tema entre as famílias: “Quando
a gente ouve nossos pais falarem sobre dinheiro? Quando ele falta, quando vira
um problema, quando alguém fica desempregado. Dificilmente a gente vê famílias
falando sobre planejamento. Olha, esse dinheiro aqui é para viagem, esse mês
podemos gastar tanto. A dinheirofobia é uma doença terrível!”.
Questionada sobre crianças que são educadas por pais
excessivamente permissivos, a youtuber atribui a responsabilidade por seus
comportamentos à família. “A culpa não é da molecada, a culpa é de quem não deu
o não. Vejo muito amigos e amigas e o que mais ouço é Ah, mas queria ver
você com seu filho pedindo as coisas pra você o tempo inteiro e eles
responsabilizam a criança. Eu fico passada! Como uma criança de três anos pode
determinar o destino financeiro de uma família só porque ela quer alguma coisa?”,
opinou ela, que ainda conclui: “Sem perceber, a gente confunde questão
financeira com sentimentos”.