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Divulgação - TV Brasil
 
MANCHETES

» 09/07/2018 - 20:28
TV Brasil estreia documentário sobre 60 anos da Bossa Nova nesta terça

Para celebrar as seis décadas da Bossa Nova, a TV Brasil apresenta nesta terça-feira (10/07), às 22h15, o documentário inédito "Bossa Nova - 60 anos".

A produção realizada pela equipe da própria emissora pública resgata a história desse estilo cuja referência inicial é a gravação de "Chega de Saudade" por João Gilberto no Rio de Janeiro, exatamente em 10 de julho de 1958, data que se convencionou como marco para o gênero.

Ao combinar depoimentos, trilha sonora com obras clássicas e imagens da época, o especial faz uma homenagem ao legado deixado pelos mestres João Gilberto, Tom Jobim e Vinícius de Moraes bem como a todos os músicos, compositores, cantores e cantoras.

Com 27 minutos, a produção da TV Brasil traz entrevistas com personalidades que vivenciaram aquela fase como João Donato, Roberto Menescal, Marcos Valle, Carlos Lyra, Paulo Jobim, Leny Andrade e Joyce Moreno, além de pesquisadores como o jornalista Ruy Castro e o crítico Paulo da Costa e Silva.

O documentário "Bossa Nova - 60 anos" traça um panorama sobre os anos que marcaram o surgimento e o apogeu do movimento estético, além de uma viagem através das lembranças de alguns dos músicos mais importantes do período.

Além das histórias que ilustram os anos dourados da bossa nova, o especial destaca os elementos musicais característicos concebidos por gênios como Tom Jobim e João Gilberto e as letras de Vinícius de Moraes.

O repertório reúne composições identificadas com a bossa nova que são parâmetros para as antigas e as novas gerações. Entre um depoimento e uma lembrança de situações daquele tempo, os convidados tocam e cantam sucessos como "Chega de Saudade", "Ela é carioca", "Garota de Ipanema", "O Barquinho", "Desafinado", "Se todos fossem iguais a você" e "Samba de uma nota só", entre outros.

Ícones do cancioneiro nacional e especialistas na história da música popular brasileira concederam entrevistas para o documentário "Bossa Nova - 60 anos". O especial da TV Brasil revela o que pensam os talentos da música nacional sobre aquela iniciativa que reverbera até hoje tanto na produção cultural do país como no exterior.

O filme abre com cenas da orla do Rio de Janeiro ao som da cantora Joyce Moreno fazendo um solo do clássico "Ela é Carioca" ao violão que destaca a importância de João Gilberto ao encontrar um tom sincopado que caracteriza a som da bossa nova.

O jornalista Ruy Castro contextualiza o advento do gênero. "A bossa nova fazia parte de um momento geral de renovação de estruturas na cultura brasileira, não apenas na música popular. Ela se inseria num processo de simplificação, de tirar as arestas e fazer uma produção mais limpa", explica o pesquisador.

O experiente cantor e compositor Roberto Menescal comenta sobre esse marco. "Você sai do samba-choro, aquele primeiro samba, e entra em uma outra levada. Chega de Saudade é o ponto que explica isso: a diferença do antes para o depois", analisa o músico de 80 anos.

Durante a produção da emissora pública, Carlos Lyra ressalta a importância dessa inovação do João Gilberto. "Esse jeito dele tocar foi o que passou para nós. Começamos a tocar daquela maneira, mas cada um do seu modo", lembra.

Para Ruy Castro, o músico que está com 87 anos e hoje vive recluso no Rio de Janeiro estabeleceu novos paradigmas. "João Gilberto pode ser considerado o sintetizador de todos os pequenos avanços, progressos e achados que uma geração inteira de músicos estava experimentando desde dez anos antes dele. Tudo convergiu para ele, pois ele tinha essa cultura musical extraordinária", diz.

O crítico Paulo da Costa e Silva é enfático. "Voz e violão em João Gilberto é um organismo único. Essa dinâmica para a caracterizar seu trabalho com grandes arranjadores", pontua o especialista.

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