O Mídia em Foco aponta as tendências para a indústria
fonográfica na edição inédita desta segunda-feira (21/05), às 22h45, na TV
Brasil. O programa mostra como as transformações desse mercado afetaram o
conteúdo musical e o aspecto artístico das obras a partir da evolução
tecnológica, do advento das novas mídias e do uso de plataformas digitais
A produção apresentada pela jornalista Paula Abritta recebe
três especialistas que traçam um panorama atual sobre as diversas
possibilidades dessa área. Participam dessa análise o professor Eduardo
Vicente; a diretora da Semana Internacional de Música de São Paulo, Fabiana
Batistela; e a jornalista e diretora da Web Rádio Vozes, Patrícia Palumbo.
Consumir música no formato analógico é um hábito que está
ressurgindo com a volta dos LPs. A Sony, por exemplo, recentemente voltou a
produzir discos de vinil depois de um hiato de trinta anos. Ao mesmo tempo,
ouvir músicas em plataformas digitais é uma tendência natural.
"A gente saiu de um período onde você tinha que possuir
um produto, um cd, um vinil, para entrar nesse momento onde você não possui
mais a música. Você escuta a hora que você quiser nas plataformas de
streaming", explica Fabiana Batistela que organiza a Semana Internacional
de Música de São Paulo.
A jornalista Patrícia Palumbo, diretora da Web Rádio Vozes,
aponta a importância da curadoria do conteúdo. "Acho curadoria fundamental
pra quem quer descobrir coisas novas sem ser vítima do algoritmo. Ela traz de
volta o que o bom rádio tinha: a surpresa", opina a experiente
profissional que apresentou durante vários anos o extinto programa Conversa
Afinada, na TVE do Rio de Janeiro, atual TV Brasil.
O professor da Escola de Comunicações e Artes da USP, Eduardo
Vicente, discute a diversidade e a representação dos gêneros musicais na mídia
tradicional. "Temos que enfrentar o fato de que poucos gêneros têm muita
repercussão e os meios tradicionais de exibição, especialmente rádio e
televisão, não representam assim com tanta fidelidade o que é a diversidade
musical brasileira", defende.