No ano passado, Jéssica Monteiro estava grávida de nove meses
quando foi presa por tráfico de drogas, em São Paulo. Aos 24 anos, foi detida
após 90 gramas de maconha terem sido encontrados em sua casa. No ‘Profissão
Repórter’ desta quarta-feira (16/05), Jéssica relembra como entrou em trabalho
de parto um dia após ter sido presa em uma delegacia, dando à luz um menino no
hospital municipal. Os dias seguintes foram dramáticos: com a prisão domiciliar
negada pela Justiça, ela precisou voltar com o bebê recém-nascido para esperar
o julgamento na cela da delegacia. Jéssica conta os detalhes dessa história e
fala sobre seu passado de pobreza e abandono para a repórter Danielle Zampollo.
Casos como o de Jéssica levaram o Superior Tribunal Federal a
conceder, em fevereiro, um habeas corpus coletivo que permite que gestantes e
mães de crianças de até 12 anos aguardem o julgamento em prisão domiciliar,
desde que não tenham cometido crime violento.
A repórter Eliane Scardovelli registra a saída da prisão de
Taiane, uma das primeiras beneficiadas pela decisão da Justiça. A equipe do
‘Profissão Repórter’ ainda acompanha três meses da reaproximação entre mãe e
filho.
O programa mostra o afastamento que acomete parte das mães
que aguardam o julgamento. A repórter Mayara Teixeira vai até Ananindeua, no
Pará, para conhecer uma mãe que se prepara para se separar da filha. A menina
completou um ano de idade e não pode mais morar na unidade materno infantil com
Tainá, acusada de ter participado de um homicídio. Como se trata de um crime
violento, a mãe não tem direito a esperar o julgamento em prisão domiciliar.
O ‘Profissão Repórter’ vai ao ar na TV Globo, depois do
‘Futebol 2018’.