Em uma edição recente do SuperPop, Luciana Gimenez recebeu
ao vivo o deputado Jair Bolsonaro (PSC). Durante participação no quadro “Palavra-chave”,
ele falou sobre sua possível candidatura à Presidência do país em 2018 e ainda
criticou o alto grau de corrupção na política nacional, negando possuir
qualquer apoio dos demais partidos: “Se eu tivesse, estaria em Curitiba ou na
Papuda uma hora dessa”.
Defendendo o porte de armas para todas as pessoas que queiram
e tenham acima de 21 anos, ele explicou como funcionaria, caso fosse eleito. “A
pessoa faz um teste psicológico simples e ganha o porte definitivo. (&)
Hoje em dia no Brasil só está desarmado o cidadão de bem. Não temos aqui sequer
o direito à legítima defesa. O que faz um homem respeitar o outro é a
possibilidade de se ter uma reação”, disse.
Com o objetivo de “recuperar a ordem e o progresso” no país,
Bolsonaro defendeu que a hierarquia e disciplina são fundamentais e demonstrou
seu descontentamento com a “incompetência atual”. “Temos que separar o Poder
Legislativo do Executivo, porque enquanto eles estiverem juntos vai continuar
acontecendo o que vemos hoje em dia. A ineficiência do Estado e a corrupção vêm
das indicações políticas. É preciso ter em cada ministério uma pessoa
qualificada e habilitada para exercer aquela função”, afirmou ele.
Constantemente comparado ao presidente dos Estados Unidos
Donald Trump, o deputado disse que, na maioria das vezes, gosta da associação e
explicou o motivo. “Nós somos contra o politicamente correto. Hoje em dia fazer
uma brincadeira está difícil. Qualquer coisa é racismo, homofobia, não se pode
brincar com gaúcho, baiano. Só pode fazer piada entre amigos. Tem alguém
gravando? Não? Então continua”, desabafou Bolsonaro, que ainda citou uma frase
de Morgan Freeman: “Como ele disse, como se combate o racismo? Não tocando no
assunto”.
O deputado comentou ainda sobre algumas polêmicas envolvendo
comentários que teria feito a respeito das mulheres: "Falo, às vezes,
demais e tenho que me controlar em algumas brincadeiras que faço. (...) De vez
em quando escorrega e aí o pessoal leva para a maldade", disse.
Durante conversa com a apresentadora, ele criticou ainda o
Tribunal Superior Eleitoral que, segundo ele, quer garantir o voto impresso
apenas para um número pequeno de seções eleitorais: "O TSE quer dar uma
volta nisso. Eles querem que apenas 6% das seções no ano que vem tenham
impressora do lado, alegando custo. Isso não é verdade. (&) Eu tenho o
direito de desconfiar do TSE".
Crescendo nas pesquisas de intenção de voto para as eleições
do ano que vem, o deputado negou que haja fanatismo por parte de seus
seguidores: “Há uma relação mútua de confiança entre nós. As minhas palestras,
na minha conversa, a garotada acredita no que eu falo e eu sempre procuro botar
a verdade acima de tudo”.