NEWSLETTER
Cadastre seu e-mail:

Divulgação - RedeTV!
 
MANCHETES

» 15/11/2017 - 18:57
Marina Silva comenta conversas com Luciano Huck e Joaquim Barbosa no "Mariana Godoy Entrevista"

O “Mariana Godoy Entrevista” da última semana recebeu a ex-ministra do Meio Ambiente Marina Silva, pré-candidata da Rede Sustentabilidade à presidência da República. Nesta entrevista do especial que o programa realiza com os presidenciáveis, Marina afirmou que é hora de acabar com a polarização política que, segundo ela, só faz mal ao país. A ex-ministra questionou a legitimidade do governo Temer para realizar as reformas Trabalhista e da Previdência e disse acreditar na sociedade para inaugurar um novo ciclo no país.

Marina começou a entrevista rebatendo críticas de internautas, que diziam que ela só aparece a cada quatro anos, em tempos de eleições presidenciais. "Eu não tenho mandato, meu mandato de senadora terminou em 2010. De lá para cá, eu venho fazendo o que eu sempre faço durante esses mais de 33 anos de vida pública, atuando na defesa do meio ambiente, do desenvolvimento sustentável, trabalhando como professora. O ano de 2015 eu fiquei como professora associada da Fundação Dom Cabral, dando aulas, e tenho meu trabalho de, enfim, sobrevivência. Graças a Deus, eu sou uma pessoa que tem mais de 30 anos na vida pública, mas que quando termina o mandato volta para sua condição de professora, porque vida pública não dá patrimônio para ninguém, vida pública pode até dar prestigio, respeito, dignidade, mas quando começa a aumentar o patrimônio fique desconfiado se a pessoa não tinha o patrimônio antes”, revelou.

Sobre ter participado de conversas com nomes como Luciano Huck e Joaquim Barbosa, a política observou: "Estou conversando com muita gente e com diferentes setores, ouvindo muito as pessoas, porque a questão que eu me coloquei foi a seguinte, qual é a maior efetividade da minha contribuição? É sendo candidata novamente? Eu já fui por duas vezes. É dando uma contribuição da sociedade? Estou fazendo essa reflexão já há algum tempo”, confidenciou.

Ao ser perguntada sobre quem apoiaria em um eventual segundo turno entre Lula e Bolsonaro, a ex-ministra criticou os apressados: “É muito cedo para eliminar os outros candidatos. A gente ainda está na pré-campanha e já estão querendo eliminar as outras possibilidades? Acho que as pessoas estão tão acostumadas com a polarização, que faz tanto mal ao Brasil, que elas já vão direto para uma possível polarização de segundo turno. Esse é o momento de a gente ser mais prospectivo, de buscar outras alternativas", frisou.

Marina ainda observou: "Infelizmente, o Bolsonaro é o maior cabo eleitoral do Lula e o Lula acaba sendo o maior cabo eleitoral do Bolsonaro, porque eles se retroalimentam”. Para ela, um se sustenta na candidatura do outro e isso não é bom para o país: "O Brasil está precisando de quem se sustenta em cima de propostas, em cima de ideias, em cima do que pensa para o Brasil, não é em cima do adversário”, defendeu.

A pré-candidata da Rede Sustentabilidade criticou a privatização da Eletrobras: “Qual é o plano dessa privatização? O governo está dando um sinal. O mundo inteiro está correndo atrás das energias limpas, renováveis e seguras. A China está investindo muito pesado em energia eólica, os EUA, mesmo com as loucuras do Trump, estão mantendo a sua agenda de não se deixar levar pela indústria do carvão, do petróleo e do gás e buscando as alternativas das energias renováveis para que possa haver um processo de descarbonização das economias globais. No caso do Brasil parece que a gente está andando para trás”, ponderou.

A entrevistada se mostrou preocupada com as reformas trabalhista e previdenciária propostas pelo governo de Michel Temer: "Em primeiro lugar, é muito interessante que a população brasileira fique atenta. Nós temos um governo que está se dispondo a fazer reformas, mexendo nos direitos das pessoas, sem nenhuma credibilidade, sem nenhuma legitimidade, com baixíssima popularidade, que é de apenas 3%, e um presidente da República que está se vangloriando de que ele pode fazer isso porque ele não tem nada a perder. Logo, a gente chega à conclusão de que quem está perdendo é a sociedade brasileira. O Brasil precisa de reformas? Sim, mas não essa que está sendo feita pelo atual governo, da forma como está sendo feita, ouvindo apenas um lado, o lado do empregador, no caso da reforma trabalhista, no caso da reforma da Previdência. E mais ainda, nem a Dilma e nem o Temer disseram que iam fazer a reforma que está sendo feita agora. Eles não apresentaram sequer um programa de governo quando concorreram às eleições. É preciso que o debate de 2018 diga claramente para a sociedade, pelo menos em termo de diretrizes gerais, quais são as reformas que precisarão ser feitas”, respondeu. Marina criticou: “Da forma como está sendo feito, o governo está fazendo para se manter no poder e eu até digo, o Temer não tem uma equipe econômica, é a equipe econômica que tem o Temer”.

HOME         MANCHETES        BLOG FABIOTV       CONTATO        PUBLICIDADE

2007 - 2024  fabiotv.com.br - Todos os direitos reservados.