Mais do que um aniversário, completar 18 anos é um marco na
vida de qualquer jovem. Mas o que seria uma data simbólica de autonomia e
liberdade, é sinônimo de angústia, incerteza e medo para muitos deles.
Especialmente os que precisam decidir o próprio destino, sem apoio familiar.
Mais de 47 mil crianças e adolescentes vivem em algum tipo de
entidade de acolhimento, lar transitório ou unidade de reinserção social.
Apenas 7.805 estão no cadastro nacional de adoção, sendo 3.105 com idade igual
ou acima de 13 anos, de acordo com os dados do Conselho Nacional de Justiça.
Com estreia neste sábado (14/10), às 20h30, na GloboNews, “Meus 18 anos” vai
mostrar a realidade de jovens no
Distrito Federal, Rio de Janeiro e São Paulo que, ao completarem a maioridade,
são obrigados a deixar os abrigos onde vivem. O documentário tem direção e
roteiro de Maíra Donnici, direção de
fotografia de Pedro Machado e edição de Renata Baldi.
O documentário destaca o “SOS Aldeias Infantis”, de Brasília,
que prepara adolescentes para uma vida autônoma e independente. Junto com redes
parceiras e instituições qualificadoras, desenvolve programas para inseri-los
no mercado de trabalho, mas os desafios vão além de conseguir um emprego.
Muitos precisam abrir mão da proteção e do aparato prático que as instituições
oferecem para criar uma relação com o dinheiro, o gerenciamento de recursos e
todas as responsabilidades do mundo adulto.