Faleceu, na manhã desta quinta-feira (17/08), o ator Paulo
Silvino. Aos 78 anos, ele lutava contra um câncer no estômago desde o ano
passado e faleceu em casa, no Rio de Janeiro.
Paulo Silvino nasceu no Rio de Janeiro e cresceu nas coxias
do teatro e nos bastidores da rádio. Isso porque seu pai, o comediante Silvério
Silvino Neto, conhecido por realizar paródias de figuras públicas no Brasil dos
anos 1940 e 1950, levava o menino para acompanhar seu trabalho.
Paulo Silvino também mostrava talento para a música, revelado
durante as aulas que tinha com a mãe, a pianista e professora Noêmia Campos
Silvino. Pisou num palco pela primeira vez aos nove anos de idade, quando se
atreveu a soprar as falas para um ator de uma peça que o pai participava.
Na adolescência, ele se apresentava como crooner de um
conjunto de rock, acompanhado por músicos como Eumir Deodato (acordeon), Durval
Ferreira (guitarra) e Fernando Costa (bateria).
Autor de bordões que não saem da boca do povo, Paulo iniciou
a carreira no rádio, mas já nos anos 1960 se juntou ao elenco da TV Rio. Na
Globo, estrelou ‘Balança Mas Não Cai’ (1968) e teve destaque nos programas
humorísticos ‘Faça Humor’, ‘Não Faça Guerra’ (1970), ‘Uau, a Companhia’ (1972),
‘Satiricom’ (1973), ‘Planeta dos Homens’ (1976), e ‘Viva o Gordo’ (1981).
Em ‘Zorra Total’ (1999), seu personagem Severino, famoso pelo
inesquecível “cara e crachá”, se tornou extremamente popular. O programa, que
em 2015 passou a se chamar ‘Zorra’, foi seu último trabalho na TV.
No cinema, fez 16
filmes. Entre eles: ‘Sherlock de Araque’ (1957), ‘O Rei da Pilantragem’
(1968), ‘O Padre que Queria Pecar’ (1975), ‘Um Marciano em Minha Cama’ (1981) e
‘Até que a Sorte os Separe 3’ (2015). Paulo Silvino deixa a esposa e três
filhos.