Hoje, no Brasil, há cerca de 6,5 milhões de deficientes
visuais e quase 10 milhões de deficientes auditivos. Os números, ainda que
expressivos, não são suficientemente capazes de demonstrar o que é a realidade.
Para mostrar como é viver sem esses sentidos, o ‘Profissão Repórter’ desta
quarta-feira (16/08) conhece histórias surpreendentes.
A missão de Erik von Poser era encontrar pessoas com a
Síndrome de Usher. “Eu nunca tinha ouvido falar sobre isso”, conta ele a
respeito dessa doença genética e progressiva que faz com que a pessoa vá
perdendo a audição e a visão ao longo da vida. Após pesquisas, conheceu um
grupo que ensina os portadores a velejar, na represa Guarapiranga, em São
Paulo. Lá, encontra Cláudio Jorge, que é cego, surdo e mudo. “O interessante é
que ele é casado com uma mulher que também tem a síndrome, mas ela aprendeu a falar”,
explica.
Para Jorge, o único meio de se comunicar é tateando as mãos
de uma pessoa que esteja fazendo linguagem de sinais (libras). No caso da
esposa, Claudia Sofia, ela utiliza um método muito complexo e raro: coloca as
mãos no rosto de quem está falando e consegue compreender tudo o que é
dito.
Com uma visão de esperança, o repórter Estevan Muniz
apresenta o caso do pequeno Huan, de 2 anos que ouve nada. O programa
acompanhou o procedimento de fazer um implante cocliar, que são duas próteses
dentro dos ouvidos. Passados 40 dias, era o momento de ativar o aparelho e
fazer com que aquela criança ouvisse pela primeira vez na vida.
A repórter Isabella Faria mostra histórias de recomeço de
pessoas que agora precisam reaprender a fazer tarefas, como andar dentro da própria
casa e cozinhar as refeições diárias.
O ‘Profissão Repórter’ vai ao ar na TV Globo, depois do
futebol.