Na última terça-feira do ano (30/12), às 22 horas, pela TV
Cultura, Marcelo Tas entrevista, no Provoca, a atriz, cantora, dançarina e
Embaixadora das Nações Unidas pelos refugiados, Kat Graham. A artista, que deu
vida à personagem Bonnie na série The Vampire Diaries, e fará o papel da
cantora Diana Ross na cinebiografia de Michael Jackson, previsto para estrear
em abril de 2026, conta no programa sobre seu trabalho na ACNUR (Alto
Comissariado das Nações Unidas para Refugiados), a amizade com Quincy Jones, a
inspiração para o disco novo e como se sentiu ao integrar a lista dos 100
líderes da Revista Time.
A artista fala sobre sua inspiração para o novo disco The
Hearts Club. ‘Eu comecei a escrever sobre aquilo que estava na minha alma (...)
eu ainda quero mostrar essa combinação da alma, da arte, eu quero fazer isso
através do pop (...) eu entendo que eu faço parte de algo chamado "The
Broken Hearts Club", "O Clube do Coração Partido". São pessoas
como eu, que sofreram tantas perdas, tantas dores, mas têm que aparecer, tem
que ir ao trabalho, tem que buscar o amor novamente (...) então, eu quis fazer
uma música sobre isso porque eu cheguei a um ponto em que todos os dias eu
lutava para seguir em frente’, conta.
Em outro momento do programa, Kat explica os motivos que a
levaram a trabalhar com refugiados. “Meu avô tinha sido um refugiado, ele tinha
fugido da Libéria, na África Ocidental. A minha avó, eu já sabia que tinha
fugido da Europa durante o Holocausto (...) então, eu devo a eles e aos meus
ancestrais e a todas as pessoas que eu conheci nessa situação. Eu realmente
tento representar essas pessoas (...) é a proteção de pessoas que não estão
apenas fugindo para sobreviver. Quando você foge, você está arriscando nunca
mais ver a sua família, nunca mais ver a sua casa, você está arriscando a vida
em várias rotas de fuga (...) essas rotas são tão inseguras, as pessoas não
sabem se vão conseguir chegar onde precisam”, confidencia.
Kat conta também como se sentiu ao ser incluída entre os 100
líderes da Revista Time, como uma das personalidades mais influentes do mundo. “A
revista Time sempre conseguiu representar os maiores líderes, as pessoas que
são mais importantes em seus campos, nas suas áreas. Para mim, eu sou mais
conhecida como artista, como atriz, então ser reconhecida como uma líder, uma
ativista humanitária foi tão gratificante porque eu estou vivendo por algo mais”,
diz.
Por fim, a atriz comenta sobre sua amizade com o produtor
musical Quincy Jones, falecido em novembro de 2024. "Quando eu conheci o
Quincy, por acaso, 20 anos atrás, nós tivemos uma conexão instantânea e ele se
tornou uma figura paterna para mim (...) a coisa mais fantástica, importante
que ele já me disse, foi que a melhor coisa na vida é você ser subestimado. Ele
disse que todo mundo o subestimava (...) deixe que eles subestimem você, porque
aí o seu sucesso sempre vai surpreender as pessoas. Mas nunca se
subestime", finaliza.