Nesta
sexta-feira (14/10), no Globo Repórter, a repórter Bette Lucchese revela como a
maior lagoa hipersalina do planeta, localizada na Região dos Lagos, no Rio de
Janeiro, está voltando à vida. A Lagoa de Araruama, que abrange seis municípios
e impacta diretamente mais de 600 mil pessoas, foi considerada morta no início
dos anos 2000. Hoje, cerca de 85% de sua extensão está recuperada, com águas
limpas que atraem aves migratórias, cavalos-marinhos e peixes que voltaram a
sustentar centenas de famílias que vivem da pesca. De acordo com a Embrapa, a
tainha da região é a mais nutritiva do Brasil.
Os
benefícios já são sentidos pela população: houve uma redução de 80% nas
internações relacionadas à falta de saneamento básico. O Globo Repórter também
destaca histórias de pessoas que redescobriram a lagoa como fonte de bem-estar
e renda. As águas limpas são usadas em práticas terapêuticas como yoga e
canoagem. Técnicas ecológicas transformam o lodo das estações de tratamento em
tijolos para moradias populares. Até as escamas de peixe, antes descartadas,
viram biojoias nas mãos de artesãs locais.
A Lagoa de
Araruama ainda trava uma batalha contra o esgoto doméstico. Entre 15% e 20% da
sua extensão ainda sofre com a poluição. O Globo Repórter foi até essas áreas
para mostrar o pesadelo vivido por comunidades que enfrentam o esgoto sem
tratamento, revelando os impactos na saúde, no meio ambiente e na qualidade de
vida dos moradores.
Globo
Repórter vai ao ar na TV Globo, após a novela Três Graças.