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MANCHETES

» 01/11/2025 - 21:12
Dorivando Saravá, O Preto Que Virou Mar abre programação de documentários do SescTV no Mês da Consciência Negra

Em novembro, o SescTV apresenta uma programação de documentários no clima do Mês da Consciência Negra.

A programação começa neste sábado (01/11) com Dorivando Saravá, O Preto Que Virou Mar (2023), de Henrique Dantas. O filme costura fragmentos da vida e da obra de Dorival Caymmi, revelando o compositor baiano não apenas como cronista do mar, mas como quem traduziu em canção a profundidade das águas de sua ancestralidade. Gilberto Gil, Tom Zé, Mateus Aleluia e Tiganá Santana ajudam a refazer esse desenho, no qual Caymmi aparece como mediador entre o espiritual e o tangível, entre o batuque do terreiro e a brisa da praia.

Na sexta seguinte, 07/11, em Todas as Melodias (2019), Marcos Abujamra traça o retrato contraditório de Luiz Melodia, artista que fez da música uma forma de resistência. A infância no Morro de São Carlos, a descoberta precoce do violão, a consagração com Pérola Negra e as parcerias com Waly Salomão, Zezé Motta e Jards Macalé compõem a narrativa. No filme, a câmeranrevela não apenas o brilho, mas também a dor do artista. O racismo sofrido ao longo da vida é lembrado pela companheira Jane Reis, que compartilha relatos de exclusão e silenciamento, dando voz a uma memória de resistência.

O ciclo segue na sexta, 14/11, com Corpos Invisíveis (2022), de Quézia Lopes, obra que transforma em presença o que por séculos se tentou apagar. Onze mulheres negras, de diferentes idades e trajetórias, falam e performam sobre o que é ser mulher negra no Brasil, entre afetos, maternidades, ancestralidades e violências. O longa recebeu menção honrosa no 16º LABRFF - Los Angeles Brazilian Film Festival.

No sábado, 22/11, o olhar se volta para a Bahia em Terreiros de Candomblé de Cachoeira e São Félix (2023), de Ceicça Boaventura. O documentário percorre os dez terreiros patrimonializados do Recôncavo Baiano, berço de resistência e fé. Entre cantos, rezas e relatos de mães e pais de santo, o filme reconstrói a genealogia do Candomblé, religião que sobreviveu à perseguição colonial e policial para reinventar o sagrado em território brasileiro.

Fechando a programação, em 29/11, Aleluia - O Canto Infinito do Tincoã (2020), de Tenille Bezerra, acompanha Mateus Aleluia entre Cachoeira e Luanda, entre o visível e o espiritual. O músico, que foi um dos fundadores do grupo Os Tincoãs, reflete sobre tempo, criação e transcendência

Os documentários vão ao ar às sextas e aos sábados, às 22h30, e ficam disponíveis também sob demanda em sesctv.org.br, no app e na plataforma Sesc Digital.

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