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Divulgação - TV Globo
 
MANCHETES

» 23/10/2025 - 20:26
Globo Repórter destaca propriedades afrodisíacas do jambu, mirante no Mercado Municipal de Mocajuba, Tocantins-Araguaia, botos e miriti em Abaetetuba

Em uma viagem pelo interior do estado do Tocantins e do Pará, onde fica a maior bacia hidrográfica inteiramente brasileira, o Globo Repórter desta sexta-feira (24/10) inicia uma série de quatro programas que mostra a conexão entre as pessoas e o meio ambiente. No primeiro episódio, a repórter Lilia Teles desbrava Tocantins-Araguaia e conta histórias de ribeirinhos que vivem os desafios ambientais e revelam caminhos para a sustentabilidade valorizando as tradições, riquezas culturais e a preservação da biodiversidade da região.

Os rios da bacia se espalham como artérias por cinco estados e pelo Distrito Federal, carregando lendas, tradições e encantamentos, como as histórias com botos. No Mercado Municipal de Mocajuba, no Pará, foi criado um mirante para observação desses animais, que se tornaram uma das principais atrações locais. Com o aumento do assédio e os riscos à saúde dos botos, a interação com eles foi proibida em 2023. Ainda assim, tradições resistem.

Robson Carvalho mantém a pesca artesanal com cacuris, que são armadilhas indígenas em forma de paredões. Os botos, como verdadeiros parceiros, encurralam os peixes, facilitando a captura.

No Rio Araguaia, a bióloga Cristiane Gonçalves cresceu em meio a uma realidade diferente, em que os botos são vistos como competidores pelos pescadores. O boto do Araguaia, único golfinho de rio exclusivamente brasileiro, está ameaçado de extinção. A construção de hidrelétricas no Rio Tocantins, embora gere energia limpa e renovável, provocou o confinamento dos animais em lagos represados, levando ao cruzamento entre indivíduos da mesma família e ao empobrecimento genético.

A vida dos ribeirinhos também foi impactada. Lilia Teles conhece Geânio Lopes, pescador que vive às margens do Tocantins e precisou buscar alternativas diante da escassez de peixes. Hoje, ele utiliza tanques-rede, estruturas flutuantes para piscicultura, e desenvolveu um carinho por Neguinha e Negona, peixes criados e domesticados por ele.

Em Abaetetuba, no Pará, o miriti, também conhecido como buriti, é considerado o isopor da Amazônia. Extraído de palmeiras, o material é usado na produção de artesanato, pratos típicos e até na construção de casas. Na reportagem, Lilia mostra como os brinquedos de miriti movimentam a economia local e expressam a fé e a alegria do povo amazônico.

Durante a seca, o Rio Araguaia revela as praias. Em Araguacema, a repórter acampa e mostra a beleza da região, que abriga berçários de aves. Além da pesca, outra tradição garante renda na região. O jambu, ingrediente do tacacá, prato típico local é vendido nas feiras e também foi tema do mestrado de Tatiana Sinimbu, que se inspirou na planta para empreender. Ela começou com conservas e bebidas, descobriu novos benefícios a partir das propriedades afrodisíacas da planta e agora quer ampliar as fronteiras do jambu.

O programa também revela outros tesouros da Amazônia. Na região do Cantão, uma Reserva Particular do Patrimônio Natural - RPPN abriga o Rio do Coco, com mais de 300 espécies de peixes, 388 de aves e mamíferos como antas, veados, onças-pintadas, onças-pardas e ariranhas, também chamadas de onças-d’água. Apesar de protegidas, as ariranhas estão ameaçadas pela poluição.

A Reserva do Canguçu é um dos maiores exemplos de biodiversidade. A equipe de reportagem acompanha pesquisadores da Universidade Federal do Tocantins enquanto monitoram animais como tartarugas e jacarés e os profissionais afirmam que já identificaram impactos alarmantes das mudanças climáticas, tanto na fauna quanto na vegetação.

O Globo Repórter vai ao ar na TV Globo, logo após Três Graças.

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