Francisco Cuoco morreu aos 91 anos em São Paulo nesta
quinta-feira (19/06) por falência múltipla dos órgãos. O ator ficou conhecido
por interpretar papéis marcantes como o taxista Carlão de ‘Pecado Capital’
(1975), o mago Herculano Quintanilha de ‘O Astro’ (1975), e Tiradentes, de
‘Saramandaia’ (1976), além de Cristiano Vilhena da primeira versão da novela
‘Selva de Pedra’ (1972).
Nascido na cidade de São Paulo no dia 29 de novembro de 1933,
Cuoco chegou a cursar Direito antes de ingressar na Escola de Arte Dramática de
São Paulo. Ainda criança no tradicional bairro do Brás, em São Paulo, se
encantou com a instalação de um circo no terreno baldio em frente ao sobrado
onde morava com os pais, Antonieta e Leopoldo, e a irmã, Grácia.
Sem concluir o curso de Direito, passou pelo Teatro
Brasileiro de Comédia e pelo Teatro dos Sete até chegar à TV Tupi. Em 1966,
atuou em ‘Redenção’, na pele do médico Fernando Silveira. A trama teve quase
600 capítulos. Na TV Globo, estreou em 1970, em ‘Assim na Terra Como nos Céu’,
como padre Vitor. Em 1987, protagonizou ‘O Outro’. Na década seguinte, foi
visto em novelas como ‘Tropicaliente’ (1994) e ‘Quem é Você?’ (1996). Cuoco,
nos anos seguintes, atuou em ‘O Clone’ (2001), ‘América’ (2005), ‘A Vida da
Gente’ (2011), ‘Sol Nascente’ (2016) e ‘Segundo Sol’ (2018). Em 2011, quando o
remake de ‘O Astro’ foi feito, interpretou o misterioso Ferragus e acompanhou
de perto o trabalho de Rodrigo Lombardi, que encarnou seu personagem icônico
Herculano Quintanilha. Esteve também em minisséries, seriados e programas
especiais como ‘Sai de Baixo’ (2001) e ‘A Grande Família’ (2004).
A partir de 1999, Cuoco reduziu o ritmo das novelas e iniciou
um namoro com a sétima arte. Participou de filmes como ‘Traição’, de José
Henrique Fonseca e Arthur Fontes; ‘Gêmeas’, de Andrucha Waddington; ‘Um Anjo
Trapalhão’, de Alexande Boury e Marcelo Travesso; e ‘Cafundó’, de Clóvis Bueno
e Paulo Betti. Seu último filme foi Real Beleza, de Jorge Furtado, em 2015.
A volta ao teatro aconteceu em 2005, depois de mais de 20
anos de dedicação praticamente exclusiva à TV. Em ‘Três Homens Baixos’, dividiu
o palco com Gracindo Jr. e Chico Tenreiro. Outra paixão de Francisco Cuoco é a
música. Gravou o disco romântico Soleado (1975) e o CD Paz Interior, uma
reunião de 16 orações católicas.
Francisco Cuoco deixa três filhos, Rodrigo, Diogo e Tatiana.
O velório será aberto ao público nesta sexta-feira (19/06), das 7h às 15h, no
Funeral Home, no bairro de Bela Vista, em São Paulo. O enterro será restrito a
familiares e amigos.
Em homenagem ao ator, a TV Globo reexibe, nesta madrugada de
quinta (19/06) para sexta-feira (20/06), o Tributo ao Francisco Cuoco, logo
depois do Jornal da Globo. Em função disso, o Conversa com Bial não irá ao
ar.