“Há indícios para a PGR denunciar Bolsonaro”, afirma o
diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, ao “CNN Entrevistas” deste
sábado (27/07), às 18h30, na CNN Brasil.
Ao ser indagado se o inquérito da vacina e joias sobre o
ex-presidente Jair Bolsonaro tem elementos suficientes para a Procuradoria Geral
da República oferecer denúncia, o dirigente da PF responde que sim. “Nós já
concluímos as investigações e as nossas conclusões foram nesse sentido. Quando
a polícia indicia alguns investigados, a equipe da investigação, a autoridade
policial que formalmente faz o indiciamento, é importante esclarecer, ela
aponta. O ato de indiciamento não é um ato isolado, ele tem que ter um lastro
probatório, que tem que estar documentado no inquérito policial. Há um despacho
fundamentado, trazendo todos os elementos de convicção que foram colhidos e que
levaram a autoridade policial a concluir pelo indiciamento, que é um ato
privativo da polícia e do policial que conduz”, afirma.
“À medida que nós indiciamos alguns investigados, nós
concluímos que há elementos suficientes para que sejam responsabilizados
criminalmente. Agora nós entramos em outra etapa, com profundo respeito à PGR,
que vai fazer sua análise, pode divergir, solicitar complementação e até
concluir que não há elementos para a denúncia. Nós entendemos que há elementos
suficientes para que o processo avance, com o devido processo legal, com
direito à ampla defesa. E que o juiz, a Suprema Corte, tome a decisão que tiver
que tomar, absolvendo ou condenado os investigados”, complementa.
Rodrigues abordou ainda outros temas em conversa com Gustavo
Uribe e Tainá Falcão, como a situação de instabilidade política na Venezuela,
na sua visão, preocupante.
A respeito do atentado sofrido pelo ex-presidente dos Estados
Unidos e candidato republicano à eleição, Donald Trump, Andrei Rodrigues
manifesta atenção ante a segurança do presidente Lula. “É preciso estar atento
aos protocolos de segurança”, diz.
O diretor-geral da Polícia Federal também falou sobre a
preocupação com a atuação do crime organizado fora do país. “Ou nos unimos ou
perderemos”, conclui.