No segundo programa do “Globo Repórter” que mostra os
desafios de produzir comida para todos, as repórteres Dulcineia Novaes e
Fernanda Grael entrevistam especialistas e acompanham projetos e movimentos
sociais voltados para minimizar a fome e a insegurança alimentar no país, com
menos desperdício e aproveitamento completo dos alimentos.
No século XIX, quando já havia uma preocupação com relação a
falta de alimentos no futuro, surgiu a ideia da comida em pílula. Agora, no
século XX, a ciência apresenta novas possibilidades de alimentos, que reúnem
sabores do passado e a biotecnologia como opção mais sustentável. No programa
desta sexta (12/04), as repórteres conversam com pesquisadores da Universidade
Federal do Paraná que estudam o uso das ‘pancs’, que são plantas alimentícias
não convencionais, e também de insetos, para receitas de crepioca, caponata,
pães, bolos, geleias, farinhas e outros.
Segundo a engenheira florestal Rosimeiry Gaspar, estudos
afirmam que no mundo existem mais de 50 mil espécies de plantas comestíveis,
sendo mais de 10 mil somente no Brasil. Em São José dos Pinhais, a equipe de
reportagem acompanha alunos do curso de Engenharia Florestal em um projeto de
agrofloresta na região de uma comunidade às margens do Rio Iguaçu, antes
ocupada por um lixão.
Na região serrana do Rio de Janeiro, maior produtora de
legumes e verduras do estado, a repórter Fernanda Grael mostra o trabalho de
agricultores que auxiliam na colheita de alimentos que seriam desperdiçados em
suas plantações, mas são doados e aproveitados por mil instituições em todo o
estado. No Morro da Babilônia, no Rio de Janeiro, Fernanda reencontra a
fundadora de uma iniciativa que reúne atualmente 160 mulheres para redescobrir
os alimentos e evitar o desperdício com receitas não convencionais, feitas a
partir do aproveitamento total de verduras, legumes e também do uso de ‘pancs’.
O ‘Globo Repórter’ vai ao ar na TV Globo, logo após o BBB 24.